Filha de Ronaldo Carletto denuncia abandono do pai: ‘só queria um abraço’
por Alexandre Galvão
Foto: Reprodução/ Whatsapp/ Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Quem passa o olho pela biografia do deputado federal Ronaldo
Carletto (PP-BA) reconhece uma história de um homem que cresceu na
vida: empresário, ex-diretor presidente das Empresas do Grupo
Brasileiro, segundo maior grupo de transporte intermunicipal da Bahia, e
político eleito com amplas votações. A história de Carletto reserva
ainda um espaço especial para a família: filho de Aluyir Tassizo
Carletto e Marizete Santos Carletto, casado com a Sra. Carlette
Oliveira, e pai de quatro filhos, Ana Carolina Carletto, Tassizo
Carletto Neto, Felipe Carletto e Marília Gabriela Carletto – esta
última, no entanto, “esquecida” pelo pai. Em contato com o Bahia
Notícias, Marília, com 31 anos, relatou o que chama de “história de
abandono e tristeza”. Fruto de uma relação extraconjugal iniciada no
carnaval da cidade de Prado, na Bahia, Marília acusa seu pai de ter
incentivado que sua mãe fizesse um aborto. “Minha mãe descobriu que
estava grávida. Ele levou ela até uma farmácia, pediu para fazer um
aborto, mas, quando chegou lá, minha mãe chorou e o moço deu um soro
qualquer no lugar do remédio abortivo e eu nasci”, relata. Ainda de
acordo com Gabriela, após isso, ficou até os 15 anos sem saber quem era
seu pai. Curiosa, descobriu que seu pai era dono da Expresso Brasileiro –
empresa de transporte -, enquanto sua mãe, em São Paulo, era motorista
de transporte coletivo. “Tivemos uma infância muito difícil, mas minha
mãe nunca quis procurar meu pai para ajudar na nossa criação. Eu que
quis saber quem era o homem que me fez”, revelou. O périplo para
conhecer o pai teve ajuda de um primo de segundo grau. “Ele conseguiu
infiltrar uma empregada na casa dele que conseguiu o número da
residência. Aí eu consegui falar com a esposa dele, a Carlette e
expliquei a história. Tinha 17 anos, estava terminando a escola”,
relembrou. Da conversa com a mulher do pai, surgiu o convite de vir à
Bahia para conhecer a família. “Esperei minha vida toda para conhecer as
minhas origens. Cheguei lá, pensei que ia ser recepcionada por meu pai,
mas fui pelo motorista. Fiquei na casa dele dois dias, conheci meus
irmãos – Tassizo e Carolina – e Carlette.
Meu pai, eu conheci três dias depois. Na sede da Expresso Brasileiro. O encontro foi a coisa mais fria do mundo, eu cheguei e fui cumprimentar ele, da minha parte tinha emoção de ver o homem que gerou, mas ele me abraçou, me deu três tapinhas nas costas. Perguntou como eu estava na escola e foram só 15 minutos de conversa. Aí ele chamou o motorista, mandou me levar para casa e disse que precisava trabalhar”, contou. Segundo ela, o próximo encontro aconteceu para a realização do exame de DNA – que confirmaria a sua filiação. Com o parentesco comprovado, Marília ganhou o sobrenome de Carletto, mas, ela lamenta, esta foi uma das poucas coisas que teve do seu pai. “Para mim é difícil, pois eu sou filha dele – querendo ou não. Não tem como eu não fazer uma comparação do modo de vida dos outros filhos dele. Os filhos dele têm emprego nas empresas dele, então todos eles têm ajuda dele e eu não tenho essa possibilidade. Eu me sinto totalmente abandonada. Eu estou revoltada, estou em depressão por conta disso, para algumas pessoas pode não afetar muito, mas para mim afeta muito. Isso afetou minha vida inteira. Agora eu estava olhando no celular aqui e estava vendo a foto dele e já começo a chorar, pois eu queria um abraço, não queria ter de expor minha vida assim. Não estou fazendo isso por dinheiro. Eu só quero poder ter um tratamento digno. Tem dias que não levanto de tanta tristeza”, confessou, ao completar: “Eu diria para ele que independente de tudo, eu queria muito que ele me considerasse como uma filha dele, como eu considero ele como um pai. Eu queria sentar no colo dele e dar um abraço”. O Bahia Notícias tentou contato com o parlamentar pelo celular pessoal e pelo número do gabinete de Brasília. No entanto, não encontrou Carletto.
Meu pai, eu conheci três dias depois. Na sede da Expresso Brasileiro. O encontro foi a coisa mais fria do mundo, eu cheguei e fui cumprimentar ele, da minha parte tinha emoção de ver o homem que gerou, mas ele me abraçou, me deu três tapinhas nas costas. Perguntou como eu estava na escola e foram só 15 minutos de conversa. Aí ele chamou o motorista, mandou me levar para casa e disse que precisava trabalhar”, contou. Segundo ela, o próximo encontro aconteceu para a realização do exame de DNA – que confirmaria a sua filiação. Com o parentesco comprovado, Marília ganhou o sobrenome de Carletto, mas, ela lamenta, esta foi uma das poucas coisas que teve do seu pai. “Para mim é difícil, pois eu sou filha dele – querendo ou não. Não tem como eu não fazer uma comparação do modo de vida dos outros filhos dele. Os filhos dele têm emprego nas empresas dele, então todos eles têm ajuda dele e eu não tenho essa possibilidade. Eu me sinto totalmente abandonada. Eu estou revoltada, estou em depressão por conta disso, para algumas pessoas pode não afetar muito, mas para mim afeta muito. Isso afetou minha vida inteira. Agora eu estava olhando no celular aqui e estava vendo a foto dele e já começo a chorar, pois eu queria um abraço, não queria ter de expor minha vida assim. Não estou fazendo isso por dinheiro. Eu só quero poder ter um tratamento digno. Tem dias que não levanto de tanta tristeza”, confessou, ao completar: “Eu diria para ele que independente de tudo, eu queria muito que ele me considerasse como uma filha dele, como eu considero ele como um pai. Eu queria sentar no colo dele e dar um abraço”. O Bahia Notícias tentou contato com o parlamentar pelo celular pessoal e pelo número do gabinete de Brasília. No entanto, não encontrou Carletto.
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