Atentados terroristas deixam dezenas de mortos e feridos na Bélgica
Ao menos 34 pessoas morreram em explosões terroristas no Aeroporto de Zaventem e na estação de trem de Maalbeek
Duas explosões foram registradas dentro do saguão
do Aeroporto Internacional de Zaventem, na região metropolitana de
Bruxelas, na Bélgica, na manhã desta terça-feira (22). Uma terceira
explosão ocorreu na estação de metrô de Maalbeek, também na capital
belga, nas proximidades da sede da União Europeia.
Pelo
menos 34 pessoas morreram nas explosões,
classificadas pelas autoridades do país como ataques terroristas. O
número de feridos é de no mínimo 170.
O que está certo é que um homem-bomba foi o
responsável pelo ataque no aeroporto – no início da tarde, horário
local, as autoridades ainda avaliavam se parte dos responsáveis pelos
atentados pode ter fugido, afirmou em entrevista coletiva um promotor
federal da Bélgica.
As explosões ocorreram dias após a prisão de Salah Abdeslam,
apontado como um dos principais responsáveis pelos ataques de novembro
de Paris – com saldo de 130 mortos – e que foi capturado em Bruxelas,
após uma caçada de quatro meses.
As
primeiras duas explosões ocorreram no principal aeroporto da cidade,
perto dos balcões do check-in da companhia norte-americana American
Airlines, por volta das 8h (hora local). Passageiros aguardando por seus
voos se desesperaram, saindo correndo em pânico para fugir do saguão,
com sangue espalhado por todos os lados.
Pouco
depois das 9h, outra explosão ocorreu, desta vez na estação de metrô de
Maelbeek, próxima aos prédios da União Europeia em Bruxelas.
O
promotor federal belga Frédéric Van Leeuw afirmou logo após os ataques
que ainda é muito cedo para dar um número preciso de vítimas, mas
confirmou que o balanço pode subir, já que há muitas gravemente feridas.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, classificou o 22 de março
como "um dia negro" para o país.
Policial orienta vítimas após explosão em aeroporto de Bruxelas, Bélgica. Foto: AP/Estadão Conteúdo -
A
Bélgica elevou o alerta para terrorismo ao nível máximo e paralisou
todo o sistema de transporte público em Bruxelas, além de pedir às
pessoas que fiquem em casa. O conselho de segurança nacional do governo
belga se reúne nesta terça-feira.
Uma autoridade dos
Estados Unidos disse que os ataques pareciam ser uma tentativa de
membros do Estado Islâmico de demonstrar agilidade e capacidade de
retaliar rapidamente, após a captura de Abdeslam. Autoridades belgas já
haviam advertido para o risco de represálias, após a prisão do suspeito.
Os
ataques de 13 de novembro em Paris colocaram Bruxelas no centro das
preocupações europeias com o radicalismo islâmico. Os ataques, que
deixaram pelo menos 130 mortos, foram em parte realizados por cidadãos
belgas e tramados no país, segundo investigadores. Pelo menos 12
suspeitos, todos da região de Bruxelas, foram desde então detidos por
vínculos com os ataques.
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