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Cristovam Buarque defende impeachment, mas pede 'clareza de crimes' para afastar Dilma

por Fernando Duarte, de Brasília / Guilherme Silva
Cristovam Buarque defende impeachment, mas pede 'clareza de crimes' para afastar Dilma
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O senador Cristovam Buarque (PPS) não acredita que a presidente Dilma Rousseff (PT) consiga completar o seu segundo mandato no Palácio do Planalto. Para ele, já não é mais possível conduzir o governo "legitimamente" por conta dos esquemas de corrupção e a crise econômica. No entanto, para que a gestão também se torne "legalmente" insustentável, o parlamentar defende que é necessário apontar claramente os crimes cometidos. "Ela perdeu a legitimidade pela maneira como administrou a economia, pelas mentiras que usou na campanha, pela corrupção na Petrobras, pelo descrédito geral. Na legitimidade não dá. Agora, legalmente, ela tem um mandato. E esse mandato só pode ser interrompido se nós encontrarmos as formas legais para isso. Uma forma legal é o impeachment, mas para o impeachment ser legal é preciso ter clareza de crimes cometidos", explica Cristovam, que terá dois correligionários na comissão especial que analisará o pedido de impeachment na Câmara. De acordo com o senador, a instabilidade política interrompe outras articulações dentro do Congresso Nacional, inclusive em relação a uma possível candidatura dele para presidente em 2018. "Acho que isso não precisa ser muito apressado não", defende. Cristovam anunciou sua filiação ao PPS em fevereiro e desde então desponta como um possível nome do partido para as eleições daqui dois anos. Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, também garantiu que não existe definição sobre o representante da legenda em 2018. "Não tem nenhuma definição, mas é evidente que é um nome que preenche todos os requisitos para ser um presidente da República", cravou.

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