Presidente do TSE classifica falta de verba para urna eletrônica como retrocesso
Foto: Nelson Jr./ SCO/STF
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli,
afirmou que a falta de verbas para o uso de urnas eletrônicas nas
eleições municipais do ano que vem representa um "retrocesso". Uma
portaria assinada pelos presidentes dos tribunais superiores e divulgada
nesta segunda-feira (30) indica que o corte de R$ 1,7 bilhão do
Executivo no orçamento do Judiciário inviabiliza as eleições de 2016 por
meio eletrônico. "É um passo atrás, é um retrocesso. [...] Nós não
podemos nos furtar de realizar as eleições dentro de um contexto
adequado e com os recursos necessários. [...] O que não poderíamos fazer
era ficarmos omissos e deixar de dizer à nação que este
contingenciamento pode vir a prejudicar a realização das eleições",
afirmou Toffoli em entrevista ao G1, argumentando que o corte
comprometeu 80% da verba que seria destinada para as próximas eleições.
Em nota, o TSE disse que é imprescindível adquirir urnas eletrônicas até
o final de dezembro, por um valor estimado em R$ 200 milhões. Ao todo, o
corte do governo no Orçamento da União para 2015 é de R$ 10,7 bilhões.
"Estamos esperançosos de que o Congresso Nacional e o Ministério do
Planejamento reconheçam que esses valores são necessários para a
realização das eleições, que têm data marcada pela constituição", disse
Toffoli.
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