17 mil médicos brasileiros formados no exterior não têm diploma reconhecido
Foto: Getty Images
O Brasil tem aproximadamente 17 mil médicos brasileiros formados no
exterior que não podem exercer a medicina por não terem os diplomas
reconhecidos, de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de
Direito Médico e Bioética (Anadem). O número foi divulgado nesta
terça-feira (12), em audiência pública sobre a atual demanda por
Revalidação de Diplomas de Medicina obtidos no exterior na Comissão de
Educação na Câmara dos Deputados. "Temos entre 15 mil e 20 mil
desempregados ou trabalhando de enfermeiros, de auxiliares. São
bacharéis em medicina, não são médicos", afirmou o presidente da Anadem,
Raul Canal. Segundo a Agência Brasil, Canal criticou a dificuldade do
Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedido por
Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida), uma das
principais formas de revalidação do diploma no país. Além do Revalida,
há outros processos em instituições federais de ensino superior. Segundo
ele, no entanto, houve melhora nesse quesito. "A prova era para
especialistas, não era para egressos do curso. Se pegasse um
ginecologista de 20 anos de experiência e aplicasse questões de
cardiologia do Revalida, ele ia errar tudo. Essas questões eles
aplicavam para médicos recém-formados. Hoje mudou". Aplicado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), o Revalida tem, desde a criação, baixas taxas de aprovação. Em
2011, 12,13% dos participantes foram aprovados. Em 2012, a porcentagem
caiu para 9,85% e, 2013, para 6,83%. Em 2014, os aprovados aumentaram
para 32,62%.
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