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América Latina e Caribe: 80 mil mortes anuais estão relacionadas à poluição

América Latina e Caribe: 80 mil mortes anuais estão relacionadas à poluição
Foto: Agência Brasil
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), obtidos por medições oficiais dos países e de registros de satélites, indicam que 80 mil mortes anuais em países da América Latina e Caribe têm relação com emissão de combustíveis fósseis. De acordo com a médica da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Agnes Soares, as metrópoles do continente se dedicam mais a adotar medidas para facilitar o fluxo de veículos do que fazer o controle da poluição do ar. Durante o 13º encontro técnico de alto nível: Contaminação Atmosférica e os Desafios das Grandes Cidades, nesta quinta-feira (21), a profissional defendeu que os gestores das cidades se voltem para o controle da contaminação do ar, que contribui para doenças pulmonares obstrutivas crônicas, câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração e derrame. "Pouca gente tem ideia do peso que tem a contaminação do ar para doenças cardiovasculares. Por isso, a necessidade de baixar os níveis de contaminação para os propostos pela Organização Mundial de Saúde [OMS]", disse. "Muitos países ainda não têm controle da emissão dos veículos e da qualidade do combustível usado". Segundo a Agência Brasil, Agnes citou como exemplo o Paraguai, que ainda discute a regulação do uso de diesel. No México, após grande esforço político, o país conseguiu atualizar a legislação num processo participativo, iniciativa que ajudou a melhorar os parâmetros de qualidade do ar. "Mas tem sido dramático. A gente tem acompanhado do ponto de vista da saúde. Neste ano, até junho, só 20 dias foram considerados limpos. Não é simples conseguir ações para controlar o problema", afirmou sobre a situação mexicana. A capital do país, Cidade do México, por exemplo, figura como uma das cidades do mundo com maior número de automóveis e uma das com pior qualidade do ar.

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