Polícia Federal prende grupo que planejava atos terroristas na Olimpíada
A
Polícia Federal prendeu um grupo que preparava atos terroristas durante
os Jogos Olímpicos, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes,
detalhou as prisões em uma entrevista coletiva nesta manhã. As 10
prisões de brasileiros aconteceram em 10 estados diferentes, mas há
outros dois mandados de prisão. De acordo com o ministro, o grupo jurou
lealdade ao Estado Islâmico pela internet e ficará preso por 60 dias.
Entre
eles, os membros se comunicavam pelo WhatsApp, Telegram e redes
sociais. Havia um líder de Curitiba, no Paraná, que orientava os
participantes desta cédula, que nunca e marcou um encontro pessoalmente,
exceto duas duplas separadamente. Eles discutiam o treinamento de artes
maciais, a compra de armamento e os possíveis alvos no Rio de Janeiro.
-
Um deles entrou em contato com o site de armas clandestinas no Paraguai
para comprar um fuzil AK 47 para a relização de uma operação. Não há
informação de que ele tenha conseguido adquirir esse fuzil, mas esse
sentido e a informação circulando entre eles sobre a compra é um ato
preparatório.
Segundo o ministro, os suspeitos comemoraram os atentados em Orlando, nos Estados Unidos, e de Nice e Paris, na França.
Um
dos membros pensava em procurar, no exterior, representantes do Estado
Islâmico, mas desistiu por causa de uma "impossibilidade financeira".
- Em nenhum momento, eles falam em bomba, por exemplo.
Segundo
o ministro, as informações sobre os presos são sigilosas, por
determinação judicial. Portanto, nome, idade e profissões não foram
divulgados durante a coletiva.
De acordo com a Polícia Federal, a
Operação Hashtag busca desarticular grupo envolvido na promoção do
Estado Islâmico e na execução de atos preparatórios para atentados
terroristas, e cerca de 130 policiais cumprem mandados judiciais
expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba. São 10 prisões temporárias,
duas conduções coercitivas e 19 buscas e apreensões, nos estados do
Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso
As investigações
tiveram início em abril e conduzida pela Divisão Antiterrorismo da
Polícia Federal - DAT. Os envolvidos participavam de um grupo virtual
denominado Defensores da Sharia e planejavam comprar armamentos para
cometer crimes no Brasil e até mesmo no exterior.
Uma ONG com atuação na área humanitária e educacional também é investigada por participação no caso.
Segundo
a PF, os envolvidos responderão individualmente pelos crimes de
promoção de organização terrorista e realização de atos preparatórios de
terrorismo, ambos previstos na Lei 13.260/2016.
A pena para o
primeiro crime é de cinco a oito anos de prisão, além do pagamento de
multa. Para quem executa atos preparatórios, a pena varia de três a 15
anos de prisão.
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