Paquitas da primeira geração se reencontram e festejam recuperação de Luise Wischermann
Emoção
é a palavra que dominou o reencontro de Andréa Veiga, Andreia Sorvetão e
Luise Wischermann para um ensaio fotográfico que relembrou a época em
que elas foram paquitas. Paquita, Xiquita e Pituxa se reuniram num
estúdio no Rio de Janeiro e deixaram a fantasia retomar a realidade. O
trio festejou ainda a recuperação de Luise, que tem esclerose múltipla.
“Quando estava a caminho dizia a mim mesma: ‘não vou vestir nada, não
vou me fantasiar’”, conta Luise, hoje com 42 anos: “Não só quebrei minha
promessa como vesti tudo, até as botas brancas”.
Teve riso, mas
teve muito choro também. “Éramos crianças, eu comecei com 12 anos como
assistente de palco, vivemos muitas coisas juntas”, justifica Luise, que
passou 11 anos morando no Canadá. Um dia antes do ensaio, ela reuniu as
amigas para um almoço: “Sempre que podemos nos frequentamos. Nós somos
irmãs de verdade”.
As
moças ficaram surpresas de encontrar um figurino idêntico ao usado na
década de 80. “Tinha tudo, um capricho incrível”, conta Luise sobre a
produção de Jota Pereira, que está organizando o acervo de um museu para
as paquitas em São Paulo: “Me despedi da personagem há 27 anos e ainda
me impressiona a quantidade de fãs devotos, de gente que lembra dessa
época. Deixamos um legado”.
Mãe de um garoto de dez anos, Luise
voltou para casa toda animada e mostrou a ele um souvenir da sessão de
fotos. “Ganhei um chapeuzinho e ele me perguntou o que era, contei da
minha fase soldadinha, ele experimentou o chapéu e foi uma farra”,
descreve. Oliver, o filho, mora com o pai no Canadá. Luise, que se casou
de novo e hoje divide com o marido a administração de uma cervejaria,
conta que vê o filho com bastante frequência: “Viajo muito por conta do
trabalho e as viagens sempre começam e terminam em Toronto. Agora, ele
está de férias aqui comigo”.
A
separação do filho aconteceu muito em função da doença: “Apesar de ser
branda, eu só tive dois surtos em 23 anos e tem gente que tem a cada
seis meses, achei melhor ele ficar com o pai num país que oferece tudo
de melhor a ele. Minha saúde está ótima, permaneço em tratamento, me
cuidando. É como a diabete. Não tem cura, mas é possível estar bem”.
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