PF nega ‘desmanche’ da equipe da Lava-Jato
SÃO
PAULO — A Polícia Federal (PF) afirmou que a Lava-Jato não passa por um
processo de "desmanche". O coordenador das investigações em Curitiba,
delegado Igor Romário de Paula, afirmou que a equipe de investigação não
sofreu qualquer tipo de pressão interna ou externa pela substituição
"desse ou daquele" membro da Lava-Jato. No fim de semana, três delegados
saíram da investigação, dois definitivamente. A saída acontece quinze
dias depois da visita do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, a
Curitiba, onde se encontrou com o juiz Sérgio Moro e com procuradores e
delegados da força tarefa.
Durante a coletiva sobre a 31ª fase da
Lava-Jato, o delegado Igor de Paula leu uma nota - assinada de direção
geral da PF - esclarecendo as substituições dos colegas Eduardo Mauat da
Silva e Duílio Mocelin Cardoso. Para os seus lugares, foram chamados os
delegados Rodrigo Sanfurgo, ex-chefe da Delegacia de Combate a
Corrupção e Crimes Financeiros de São Paulo, Luciano Menin, que já
integrou a equipe Lava-Jato, e Roberto Biazolli, que já trabalhou no
Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica
Internacional do Ministério da Justiça (DRCI).
O terceiro
integrante que saiu no fim de semana foi delegado Luciano Flores que
pediu para sair do caso temporariamente. Flores foi quem participou da
condução coercitiva do ex-presidente Lula. Ele vai atuar na equipe
mobilizada para a segurança na Olimpíada.
“Essas mudanças são
opções estratégicas da coordenação com apoio irrestrito da equipe da
investigação, administração regional e Direção-Geral da Polícia Federal,
visando oxigenar o grupo, dando a ele um novo fôlego, para que os
trabalhos continuem cada vez mais buscar sua superação”,diz a nota.
A nota, subscrita pela direção-geral da PF, pede ainda que "a sociedade se tranquilize":
"Tenham
certeza de que a Operação Lava Jato não sofrerá qualquer prejuízo em
seus trabalhos investigativos e operacionais", afirma o documento.
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